Campinas, SP, 20 (AFI) – O meia Léo carrega mais do que a camisa 10 do Dic City. Ele carrega a história recente do clube, marcada por quedas dolorosas, superações coletivas e uma caminhada invicta até a grande final da Série Ouro do Amador de Campinas. No próximo domingo, o time vai encarar o Unidos do Morro no Estádio Moisés Lucarelli e pode coroar sua primeira participação na elite com um título inédito.
“Seria um momento histórico. Ninguém conhecia o DIC City na Série Ouro. Só por vídeos, por marketing. Mas agora mostramos que temos camisa, temos história e queremos fazer valer tudo isso dentro de campo”, afirma o meia.
A VIRADA NA CARREIRA
Natural de Campinas, Léo iniciou no futebol com 12 anos, idade considerada tardia para as categorias de base. Começou jogando de lateral e teve passagem pelo Patrocinense, além de testes em diversos clubes, sem se firmar. Ao retornar ao futebol amador, reinventou-se como atacante e meia.
“Foi quando voltei que comecei a jogar mais do meio pra frente. Em 2018 conheci o Igão, a diretoria, os parceiros… e ali nasceu a conexão com o DIC. Disputamos juntos o campeonato de 2019, fomos campeões, e desde então essa camisa virou minha casa. Me considero importante aqui. Não só dentro de campo, mas por acolher os mais novos, por fazer parte dessa família.”
CAMPANHA INVICTA
O Dic City chega à final com uma campanha impecável: invicto, com apenas seis gols sofridos e mostrando personalidade nas decisões por pênaltis — tanto nas quartas quanto na semifinal.
“Passamos por dois jogos duríssimos. Contra o Cafézinho, abrimos 3 a 0, mas vacilamos, e eles empataram. Nosso goleiro foi gigante e segurou a classificação. Tive a honra de bater o último pênalti. Esses momentos mostram que estamos prontos psicologicamente. Se a final for pros pênaltis de novo, vamos estar preparados.”
FORÇA DO ELENCO
Apesar de muitos reforços vindos de outras cidades, o elenco do DIC encontrou equilíbrio e sintonia em tempo recorde.
“Nosso grupo criou um clima bom, de amizade, de trabalho. Nos entrosamos rápido. Passamos por times fortes como o Bartiras e crescemos muito. Isso fez a diferença. Estamos leves, confiantes e com foco total.”
RESPEITO E AMBIÇÃO
O adversário na decisão será o Unidos do Morro, equipe tradicional do futebol amador campineiro e dona do melhor ataque da competição. Para Léo, o confronto tem cara de clássico.
“O Morro tem história, tradição, e vem também num jejum de título. Mas a gente vem de uma luta grande. Vai ser uma final digna, pesada, no Moisés Lucarelli. A gente quer esse jogo. A gente quer fazer história.”
SONHO DO TÍTULO
Mais do que uma taça, levantar o troféu da Série Ouro será, para Léo, a consagração de um processo construído com suor, dor e esperança.
“Perdemos três semifinais nos pênaltis. Perdemos uma final. Viemos sendo desacreditados, mas seguimos. A primeira vez do DIC na Série Ouro e já estamos na final. Isso diz tudo. Se vier esse título, será a maior alegria da minha vida no futebol. Pela diretoria, pelos jogadores, pela torcida que não nos abandona. O Dic City merece. E vamos lutar por isso até o fim.”