Por ARIOVALDO IZAC
Campinas, SP, 12 (AFI) – A ‘prosa’ é com o torcedor da Ponte Preta consciente, racional, e que tem olhos pra enxergar aquilo que de fato está acontecendo.
Não se apeguem apenas em análises convencionais de que a Ponte Preta jogou mal nesta derrota por 2 a 0 para o São Bernardo, na tarde/noite deste sábado, na região do ABC.
Quando ganhou do Tombense por 1 a 0, em Campinas, ficou escancarado neste espaço para o torcedor ficar de antena ligada com jogadores que sequer têm dado resposta obrigatória no aspecto físico.
Foi cobrado o coordenador de futebol João Brigatti para detectar os reais motivos para acentuada queda de rendimento físico de jogadores como Maguinho, Artur, Jean Dias e principalmente o meia Élvis.

BOLA CANTADA PARA VALENTIM
Foi bola cantada que se o treinador Alberto Valentim não movesse uma ‘palha’, nada mudaria neste time da Ponte Preta.
Dito e feito.
Insistiu em erros claros ao não priorizar reservas que estavam pedindo ‘passagem’, e o que se viu foi a continuidade da aberração.
PERI CHAIB
Por essas e outras que reconheço a importância no futebol de dirigente como Peri Chaib, que foi diretor de futebol e presidente da Ponte Preta.
Por ser uma pessoa da bola, certamente daria uma enquadrada no treinador Alberto Valentim.
E, na hipótese de não ser correspondido, o caminho seria encaminhamento ao setor de RH do clube.
Opção para substitui-lo com enorme vantagem está dando sopa, caso de Thiago Carpini, ex-treinador do Vitória.
Espera-se, então, que o presidente Marco Eberlin acorde para a realidade, trate de se intrometer no comando técnico, e dê uma sacudida na ‘roseira’, antes que o sonho do acesso à Série B seja desfeito.
ÉLVIS NÃO COMPETE
Nem é mais o caso de se perguntar por que Valentim não sacou Élvis durante o intervalo?
Preferiu mantê-lo em campo na esperança que fosse cobrar pênalti?
Ora, por que Valentim não consegue enxergar que a Ponte Preta tem entrado em campo com dez jogadores?
É com essa bola que o clube almeja o acesso à Série B?
Que pobreza técnica!
PRIMEIRO GOL
O São Bernardo chegou ao gol em falha do compartimento defensivo da Ponte Preta, originado em lance de bola parada.
O lateral-esquerdo Pará cobrou escanteio com bola no segundo pau, ocasião que um atleta do mandante cabeceou para o miolo da área.
Quem?
O narrador não falou e o repórter que lá estava também não.
Aí, em bola espirrada, prevaleceu o chute do atacante Pedro Felipe aos dez minutos, colocando o São Bernardo em vantagem.
PASSES E CHANCES
Naquele período, com ‘fartura’ de erros de passes, o São Bernardo ainda levava a bola ao ataque nas incursões do lateral-direito Rodrigo Ferreira, que deixou o gramado contundido, aos 34 minutos.
Foi o bastante para o mandante desaparecer por completo no campo ofensivo, e do lado da Ponte Preta apenas alguns lampejos, que resultaram em duas cabeçadas.
A primeira quando o volante Lucas Cândido foi ao fundo de campo, pelo lado esquerdo, cruzou, e Dudu cabeceou e exigiu rebote do goleiro Júnior Oliveira.
O atacante Everton Brito tentou o arremate, cercado pelo goleiro, que voltou a defender quase na risca fatal, aos 15 minutos.
Depois, um cruzamento do meia Élvis, também pela esquerda, e cabeçada fraca do atacante Jean Dias, para defesa normal de Júnior Oliveira, aos 39 minutos
SEGUNDO TEMPO SEM MUDANÇA
Houve mudança no desempenho da Ponte Preta no segundo tempo?
Absolutamente nada.
O São Bernardo tratou de se resguardar para sustentar a vantagem e a Ponte Preta nada criou.
Nas substituições de jogadores, o São Bernardo deu uma ‘oxigenada’ no ataque.
E olhem que o treinador Ricardo Catalá ainda demorou para sacar os inoperantes Rodolfo e Felipe Azevedo.
E ao trocar o trio ofensivo, colocou pelo menos dois jogadores com mais gás – como Felipe Garcia e Echaporã -, que foram os construtores da jogada que originou o segundo gol da equipe, com exploração da estratégia de contra-ataques, e complemento de Echaporã aos 20 minutos.