Improvisar Everton Brito na lateral não seria uma ‘boa’?

Por ARIOVALDO IZAC

Campinas, SP, 16 (AFI) – Quando o lateral-direito Maguinho, da Ponte Preta, disse ter recebido sondagem para transferência de clube e justificou ter optado pela permanência, citei que deveriam convencê-lo a sair.

Pior da história é que ouço gente da ‘bola’ ainda reconhecendo condições técnicas nele.

Por mais que me esforce para ser benevolente, em relação ao futebol do atleta, não consigo.

O que ele tem acrescentado na transição ao ataque?

Muito pouco.

Na maioria das bolas que recebe, comece a observar que opta por recuo desnecessário.

Aí pergunta-se por que o treinador Alberto Valentim não procura outra opção no lugar dele?

Embora reconheça-se as limitações técnicas de Luiz Felipe – jogador da posição -, convenhamos que marca melhor e tem mais velocidade para levar a bola ao ataque.

CILINHO, SAUDOSO

Tem outra alternativa para a posição no elenco?

Para um treinador com a coragem do saudoso Cilinho, tem.

Recapitulemos 19 de agosto de 1970, Estádio Brinco de Ouro e dérbi campineiro pelo Paulistão.

O Guarani vencia por 2 a 1, durante o segundo tempo, quando Cilinho – treinador da Ponte Preta – ousou ‘sacar’ o lateral-direito Nelsinho Batista – à época chamado apenas por Nelson – para que o ponteiro-direito Vicente ocupasse o lugar dele.

E de tanto a Ponte Preta atacar e criar chance, ‘malandramente’ o saudoso ponteiro-esquerdo Adilson Preguinho, no mergulho, empurrou a bola com a mão para as redes e o árbitro argentino Aldo Anibal Oviedo validou o gol de empate por 2 a 2.

E como Cilinho queria ganhar, sacou o quarto-zagueiro Araújo para a entrada do centroavante Nelson Oliveira, mas não houve mudança na história do jogo.

EVERTON BRITO

Aí, ao se rebuscar a coragem de um treinador em dérbi, questiona-se se não teria validade a improvisação do atacante de beirada Everton Brito na lateral-direita da Ponte Preta?

Digamos contra adversários teoricamente mais fracos?

De certo não haveria perda na marcação – comparando-se a Maguinho -, e o ganho seria substancial na transição ao ataque.

A questão é que Cilinho foi Cilinho e Valentim é Valentim, que nasceu cinco anos depois do registro do fato relatado.

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