Santos, SP, 08 (AFI) – O Santos enfrenta momento delicado: o clube tenta evitar novo transfer ban enquanto busca quitar dívidas de cerca de R$ 43,7 milhões ligadas a contratações recentes. Para seguir reforçando o elenco na janela do Brasileirão, a diretoria aposta em recursos ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) e à Fifa.
No caso mais urgente, o Peixe foi condenado pela Fifa a pagar 2,5 milhões de euros (cerca de R$ 15,9 milhões) ao Arouca, de Portugal, pela contratação do zagueiro João Basso. Para evitar o bloqueio de inscrição de novos jogadores já nesta janela, o clube recorreu ao TAS. A decisão pode demorar até um ano, e o clube português não gostou nada da medida.
SANTOS BUSCA ALTERNATIVAS NA FIFA E NO TAS
Outro pepino envolve 2 milhões de euros (R$ 12,8 milhões) devidos ao Mônaco, da França, pela contratação do volante Jean Lucas. Condenado no fim de maio, o Santos já pediu explicações à Fifa e pretende recorrer ao TAS após analisar os fundamentos do processo. A expectativa é que o time da Vila Belmiro não sofra transfer ban nesta janela.
A diretoria jurídica santista também monitora uma cobrança da comissão técnica de Pedro Caixinha, demitido em abril. O português e seus assistentes exigem R$ 15 milhões em multas rescisórias, valor que o clube tentou parcelar sem sucesso. O julgamento pela Fifa está agendado para agosto e, em caso de condenação, novo recurso ao TAS será considerado.
DÍVIDAS E PLANO DE QUITAÇÃO NO BRASILEIRÃO
No cenário nacional, o Santos aderiu a um plano de pagamento na Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD), da CBF, para quitar cerca de R$ 42 milhões em dívidas. Até junho, foram pagos R$ 2 milhões. Todas essas cobranças aparecem em meio a um cenário de crise financeira: em 2024, o déficit bateu R$ 105,2 milhões e o passivo total já chega a R$ 977,04 milhões.
No ano passado, a gestão santista precisou resolver três transfer bans relacionados a débitos com o técnico Fabian Bustos, o auxiliar Lucas Ochandorena e o Krasnodar, da Rússia, pela compra de Christian Cueva. Todos os valores foram pagos, liberando o clube para seguir no mercado de transferências.